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  • Transporte: van desde Santa Cruz de La Sierra (ida e volta)
  • Hospedagem: Posada Guasu (Recomendo!)
  • Motivo: visitar El Fuerte
  • Onde comer:

Esta pequena cidade do interior da Bolívia foi a primeira parada no mochilão Bolívia-Chile-Peru que eu e meu irmão Flávio fizemos em 2018, saímos de São Paulo fizemos um breve parada em Santa Cruz de La Sierra para fazer cambio, conseguir um chip para o celular e dar uma olhada no centro, e o motivo de ir a Samaipata: “El Fuerte”.

De Santa Cruz de La Sierra se vai a Samaipata de van ou como chamam taxi compartido, mas quando falam em van é um pouco diferente do que estamos acostumados no Brasil, de uma olhada nas fotos, colocam 7 pessoas mais o motorista mais as tralhas e tinham uns 4 mochileiros e mais 3 bolivianos carregados de compras! As vans para Samaipata saem de Santa Cruz de La Sierra na esquina da Soliz de Olguin com a Avenida Omar Chavez Ortiz a “Salida a Samaipata Estrellita”, como está no Google Maps e funcionam entre 6h e 19hs . São cerca de 2km da Plaza 24 de Septiembre, umas 18 quadras, deu pra ir caminhando tranquilo apesar do calor.

Chegando no ponto de saída das vans tem que aguardar fechar o grupo as vans só saem completas ou se alguém pagar pelos lugares vazios, esperamos completar. Ao menos tinha uma bodega que vendia bebidas geladas junto ao ponto, por que a espera foi de mais de 1 hora com um calor de mais 30ºC. A viagem é de 120km e dura entre 2h30 e 3h, sendo feita por um caminho tortuoso que para ajudar estava em obras.

Chegamos em torno das 20hs na Plaza Principal de Samaipata, bem cansados, e perguntamos ao motorista onde ficava a Posada Guasu e ele nos disse para seguirmos por uma das ruas que ladeia a praça que era logo em frente, mas quem diz que encontrávamos a nossa pousada, perguntamos e ninguém sabia onde era, acabamos perambulando por uma meia hora até eu ver a discreta placa da pousada a poucos metros de onde a van tinha nos deixado. Acho que o cansaço afetou meu senso de direção, pois um dos motivos da escolha dessa pousada foi a localização.

Na Posada Guasu, fomos recebidos pelo seu Omar, um simpático boliviano que morou em São Paulo e conhece bem o sudeste e o centro-oeste brasileiro e espera um dia conhecer um pouco das praias do nordeste. Nosso quarto ficava numa espécie de mezanino, então tinha alguma escada, o quarto duplo era bem confortável e o banheiro era privativo porem externo, um pouco longe do quarto.

Largamos as mochilas e fomos procurar algo p/ comer, já era tarde demos uma olhada no entorno da praça e entramos na Tia Maria, onde tomamos uma Cerveza Potosina acompanhado de uma salteña. Voltamos a pousada para o merecido descanso.

Com o cansaço do primeiro dia de mochilão acabamos acordando um pouco mais tarde, descemos para o café da manhã e foi muito melhor que o esperado. Conversamos com seu Omar e pegamos informações de como ir até El Fuerte, o motivo da nossa passagem por Samaipata.

Fomos até a Plaza Principal procurar um táxi e para nossa surpresa o pacato povoado de menos de 5.000 habitantes estava tomado por ciclistas e seus acachapantes, era dia de uma das provas principais do ciclismo boliviano, o Samaipata Challenge. Observamos um pouco a prova e saímos para procurar um táxi e não foi fácil encontrar um, pois o transito estava bloqueado em algumas ruas e a cidade muito mais movimentada que o normal. Já chegando as 11h da manhã encontramos um taxi disponível e finalmente partimos para El Fuerte, um corrida de pouco mais de 10km com direito ao motorista ficar esperando a gente por mais de 2 horas até finalizarmos o passeio.

El Fuerte é o principal ponto turístico de Samaipata, declarado Patrimônio Cultura da Humanidade pela UNESCO, é a maior pedra talhada do mundo (cerca de 220m x 60m), uma das maiores construções monolíticas do planeta . Um local de rituais usado pelos povos pré-colombianos, tendo sido criado e utilizado primeiramente pelos povos pré-incas da Amazônia e posteriormente como centro cerimonial de uma cidade inca, e finalmente pelos colonizadores espanhóis quando se transformou em um forte militar pois é localizado em uma a mais de 2.000m de altitude dominando um vale, e que assim surgiu o nome “El Fuerte”.

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O motivo de ir a Samaipata: El Fuerte

Leve água, pois o passeio é de pelo menos 2 horas e no caminho não tem onde conseguir, e é um pouco cansativo, com algum sobe e desce principalmente se quiser ir ver La Chinkana, um poço/fossa que não se sabe ao certo sua função e fica fora do tajeto do passei a cerca de 500 metros colina abaixo.

Já tinha passado bem das 2 horas que o motorista disse que ia esperar quando nos aproximávamos do fim do circuito do passeio e a preocupação era se o taxi ia estar lá nos esperando, foi um alivio ver aquele carrinho verde lá embaixo no estacionamento.

Pacenã Macanuda

Era em torno das 15hs quando chegamos de volta ao centrinho de Samaipata e fomos procurar um lugar para almoçar, acabamos entrando na Pizzeria Italiana para comer um prato tipico boliviano: o Pique a lo macho, que consiste em pedaços de carne, salsicha, queijo e batata frita. Adicionado a esta mistura são cebola, locoto (pimenta), ovo cozido, mostarda, maionese e ketchup! Pedimos 2, um exagero!! E para acompanhar uma ou duas Pacenãs Macanuda!!

Após o farto almoço, uma das minhas coisas preferidas de fazer em uma nova cidade, sentar na Plaza Principal e observar a vida local.

Próxima parada foi o Museu Arqueológico de Samaipata que complementa a vista a El Furte, pois nele estão objetos oriundos de escavações no sitio arqueológico do forte expondo as diversas culturas que o ocuparam. A entrada esta embutida no ingresso ao forte.

Tentamos visitar a igreja, pois parecia ter um aspecto histórico bem interessante, mas se encontrava fechada e só aberta na hora da missa e somente em Sucre descobri o porquê; somente consegui fotografar através das grades. Uma caminhada pelas ruas da cidade, mercado público, bodegas, agências de turismo receptivo e precisávamos de uma cerveja.

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